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Psicologia Geral: Estudo do Comportamento e Processos Mentais

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PSICOLOGIA GERAL
O objecto da psicologia é o estudo científico do comportamento e dos processos mentais e da relação entre eles. Assim, a psicologia vai estudar o comportamento, isto é, todos os actos e reacções observáveis, tudo o que fazemos como andar, sorrir, correr, etc.. Estuda também sentimentos, emoções, atitudes, pensamentos, representações mentais, fantasias, percepções, isto é, os processos mentais.
Cabe, assim, à psicologia estudar questões ligadas à personalidade, à aprendizagem, à memória, à inteligência, ao funcionamento do sistema nervoso, e também à comunicação interpessoal, ao desenvolvimento, ao comportamento sexual, a agressividade, ao comportamento em grupo, aos processos psicoterapêuticos, ao sono e ao sonho, ao prazer e à dor.
Efectivamente, pode afirmar-se que a psicologia só se torna uma ciência independente nos finais do século XIX, quando Wundt funda o primeiro laboratório de Psicologia Experimental.
MÉTODOS E TÉCNICAS
1 Método Introspectivo
Consiste na descrição e análise pelo sujeito dos seus pensamentos, sentimentos e emoções. A introspecção é uma auto-observação, uma análise interior que nos permite conhecer o que se passa dentro de nós, os nossos estados psicológicos. A introspecção realiza-se em condições específicas e com objectivos bem definidos. O psicólogo anota e interpreta os estados de consciência descritos pelo indivíduo.
Limitações: Não pode ser aplicado a crianças, doentes mentais e animais; não analisa os fenómenos inconscientes; não se aplica a fenómenos de natureza fisiológica; os dados resultantes da introspecção não podem ser verificados por outros observadores; é difícil analisar os fenómenos psicológicos que se sucedem com rapidez; é difícil exprimir através da linguagem determinados fenómenos psicológicos; é difícil ou até impossível proceder a uma auto-observação em determinados estados psicológicos marcados por uma forte carga emocional; um mesmo tipo de fenómeno psicológico é descrito de diferentes formas por diferentes pessoas; um fenómeno é modificado quando dele se toma consciência: a auto-observação altera-o; diferentes pessoas descrevem de forma diferente o mesmo fenómeno psicológico.
2 Método experimental
Foi Watson quem adoptou o método experimental como meio para conhecer o comportamento do Homem e do animal. Watson pretendia, com a aplicação do método adoptado pelas ciências da natureza, enunciar leis sobre os comportamentos, de forma a ser possível prevê-los e controlá-los.
Por outro lado, pode dizer-se que o método experimental prevê um conjunto de condições rigorosas de desenvolvimento que acompanham as suas diferentes fases: hipótese prévia, experimentação e generalização dos resultados.
Limitações: há dificuldade em controlar variáveis que afectam o que se está a investigar; há situações que impedem o recurso à experimentação; não são tidas em conta as características particulares de cada sujeito; há variáveis que não se podem manipular; a complexidade do comportamento humano dificulta o isolamento das variáveis independentes; não se consideram os dados qualitativos – privilegiam-se os dados quantitativos; há dificuldade em se controlar as expectativas dos participantes
3 Observação
A observação em psicologia pode assumir o carácter de uma técnica ou de um método. Diz-se que é uma técnica quando é um processo que faz parte de um método.
Contudo, a observação pode surgir como um método que assume diferentes procedimentos:
- A observação sistemática: é uma observação que obecede a um plano, que prevê rigorosamente os objectivos a atingir, bem como as condições em que vai decorrer. 
Dentro da observação sistemática, podem ainda ser considerados diferentes tipos de observação: observação laboratorial e observação naturalista.
Na observação laboratorial os comportamentos humanos ou animais decorrem, como o termo indica, num contexto laboratorialmente definido pelo investigador. Este pode, assim, analisar com rigor as consequências de determinadas situações nos comportamentos. Este tipo de observação apresenta algumas limitações: o ambiente artificial e alguns comportamentos não se podem observar no laboratório. Para além disso, os observados actuam de acordo com o que pensam ser as expectativas do investigador.
Na observação naturalista, os comportamentos humanos ou animais são observados em situações espontâneas no meio ambiente em que vivem. O seu nome indica a principal característica desde tipo de observação: o comportamento observado é o que acontece naturalmente, não é consequência da manipulação das variáveis por parte do investigador
4 Método Clínico
 Consiste no estudo aprofundado de um sujeito ou de um grupo de sujeitos. A pessoa é encarada na sua totalidade como ser singular e único. O estudo personalizado visa uma compreensão global e profunda do comportamento de um indivíduo, enquadrado na sua história pessoal de vida. Pode recorrer-se a este método como forma de investigação quando se pretende desenvolver um estudo científico ou como forma de intervenção quando é usado para apoiar uma pessoa a ultrapassar um problema ou um conflito psicológico.
Por outro lado pode dizer-se que o método clínico vai abordar de modo profundo um caso individual, um grupo, um problema. Valoriza a perspectiva qualitativa e global, não tendo como objectivo a generalização de conclusões. Tem uma dimensão de investigação e de terapia, recorrendo a várias técnicas específicas.
5 Método Psicanalítico
Surge associado à concepção freudiana de psiquismo, prevendo o recurso a técnicas próprias que visam a exploração do inconsciente: associações livres, interpretação dos sonhos e dos actos falhados e análise da transferência.
1 APRENDIZAGEM
Mudança relativamente estável e duradoura do comportamento e do conhecimento. Esta mudança do comportamento está relacionada com o exercício e a experiência, com a descoberta, podendo ocorrer de forma consciente ou insconsciente, num processo individual ou interpessoal.
Por outro lado, pode afirmar-se que é a aprendizagem que determina o nosso pensamento, a nossa linguagem, as motivações, as atitudes, a personalidade.
Existem aprendizagens simples e aprendizagens complexas que implicam uma actividade mental diversidificada. Assim, as estruturas mentais organizam a informação e as aprendizagens existentes produzem novas aprendizagens.
Condicionamento Clássico: É um tipo de aprendizagem em que um organismo aprende a responder a um estímulo neutro que antes não produzia essa resposta.
Conceitos importantes:
- Reforço: Qualquer acontecimento que aumente a probabilidade de uma determinada resposta ser dada em condições semelhantes. O reforço é usado para a aquisição.
- Aquisição: Aparecimento de uma resposta condicionada por combinação do estímulo incondicionado com o estímulo condicionado.
- Generalização: A resposta condicionada produz-se perante estímulos semelhantes ao estímulo condicionado, ou quando surgem apenas alguns aspectos da situação em que a resposta foi condicionada.
- Discriminação: A resposta só se produz se perante os estímulos presentes durante o acontecimento e não a outros, mesmo que semelhantes.
- Extinção: Quando, por falta de reforço, a resposta condicionada desaparece
- Contracondicionamento: Tipo especial de condicionamento respondente que consiste na substituição da resposta condicionada por outra imcompatível com essa.
Condicionamento Operante: É um tipo de aprendizagem que ocorre quando o organismo aprende a associar o comportamento com as consequências que resultam desse comportamento.
- Reforço positivo: Sempre que está presente a consequência do comportamento, e por isso aumenta a probabilidade de o mesmo ocorrer.
- Reforço negativo: Sempre que a supressão da consequência aumenta a probabilidade de ocorrência do comportamento, isto é, é reforçado o comportamento que evita consequências desagradáveis.
- Aquisição: No condicionamento operante é conseguida através do reforço representado pelas consequências do comportamento.
Aprendizagem Social
Aprendizagem Motora, de discriminação e verbalAprendizagem por observação: Os comportamentos são aprendidos através da observação dos comportamentos dos outros.
Factores de aprendizagem:
- Idade;
- Inteligência;
- Motivação;
- Aprendizagem anterior e experiência;
- Factores sociais.
Métodos de aprendizagem
- Distribuição da prática no tempo;
- Conhecimento dos resultados;
- Aprendizagem total e aprendizagem parcial;
- Aprendizagem programada
MEMÓRIA
É a memória que nos dá o sentimento de identidade pessoal: as experiências vividas, acumuladas, e que nos reconhecemos como nossas, constituem o nosso património pessoal, que nos distingue dos outros e nos torna únicos.
A memória humana é limitada na sua capacidade de armazenamento, e afectada pelos sentimentos, emoções e experiências, procurou-se construir instrumentos que assegurassem que o material retido pudesse ser evocado na sua integridade.
Em todos todos os actos da memória estão implicadas três fases ou estádios: aquisição, retenção e recordação
Aquisição: Para recordarmos, é preciso primeiro aprender. Sem aprendizagem não há memória;
Retenção ou armazenamento: A informação é conservada, retida por períodos mais ou meos longos, para poder ser utilizada quando necessário;
Recordação ou activação: Quando precisamos, procuramos recuperar, actualizar a informação armazenada para a utilizar na experiência presente.
Tipos de memória:
- Memória Sensorial: Pode abranger vários tipos de memória: visual, auditiva, olfactiva, táctil, gustativa. Sistema onde ficam retidas as sensações que impressionam o organismo. 
- Memória a curto prazo: É um sistema de duração mediano entre a memória sensorial e a memória a longo prazo. Este tipo de memória não retém muita informação. 
- Memória a longo prazo: Permite conservar dados, informações adquiridas durante dias, meses, anos e até durante toda a vida. É graças a este tipo de memória que somos capazes de ler, reconhecer trajectos, de identificar pessoas conhecidas, de recordar episódios da nossa infância. A memória a longo prazo contém dados que têm origem na memória a curto prazo. Para ser armazenada, a informação sofre um processo de transformação, ou seja, é codificada. Existem vários tipos de códigos, sendo os mais estudados os que estão relacionados com a linguagem e com a imagem.
INTELIGÊNCIA
É a inteligência que permite que uma pessoa se adapte a situações novas, encontre novas soluções para problemas que se lhe apresentem. É a inteligência que possibilita a utilização de símbolos e de conceitos abstractos e nos dá a capacidade de julgar, compreender, raciocinar, bem como a capacidade de nos exprimirmos através da linguagem. É ainda a inteligência que permite que aprendamos com a experiência e possamos adquirir novos comportamentos e novos conceitos
Tipos de inteligência 
- Inteligência prática: Tipo de inteligência que recorre a acções e a representações perceptivas para resolver problemas. A inteligência prática permite resolver problemas concretos do quotidiano
- Inteligência conceptual: Tipo de inteligência abstracta e racional que se manifesta sobretudo na capacidade verbal, simbólica e de outros sistemas simbólicos. Manifesta-se em capacidades de compreensão, raciocínio, na resolução de problemas e tomadas de decisão.
Instrumentos de medida da inteligência: Os testes e escalas de inteligência são os instrumentos mais utilizados para avaliar e medir a inteligência. Chama-se teste a uma situação experimentar, estandardizada, que pode assumir um registo oral ou escrito. As escalas são constituídas por um conjunto de testes que têm por objectivo avaliar diferentes aspectos da inteligência.
PERSONALIDADE
A personalidade diz respeito a um conjunto de características pessoais, persistentes e suportadas numa coerência interna. 
É o conjunto de padrões diferenciados de comportamentos, pensamentos, atitudes e emoções relativamente estáveis.
A personalidade é um conceito que apela para o indivíduo, para a sua unicidade, no que há de mais nuclear e específico em si mesmo, mas, também, para a sua diferenciação, no que há de distintivo dos outros. 
A personalidade permite que nos reconheçamos e sejamos reconhecidos mesmo quando usamos diferentes máscaras para representar as diferentes personagens. 
A personalidade representa uma fidelidade, uma continuidade, consistência de formas de estar e de ser.
A personalidade é uma construção pessoal que decorre ao longo da nossa vida. Tem os seus alicerces no temperamento, no meio social, em que estamos inseridos, sendo também fruto de uma elaboração da nossa história de vida, isto é, da forma como sentimos, representamos e integramos as nossas experiências.
A personalidade não se pode isolar de aspectos pessoais como a dimensão fisiológica, emocional, intelectual, sociomoral, não sendo também independente da consciência e da representação de si, que cada um tem, nem da sua auto-estima.
A personalidade é um processo dinâmico, uma construção contínua que decorre ao longo da vida do indivíduo.
A personalidade, por outro lado, acompanha e reflecte a maturação psicológica e esta avalia-se por características como a autonomia, o autocontrolo, a capacidade de comunicação interpessoal, a expressão das ideias e dos afectos e a construção de projectos de vida. O processo de maturação obtém-se através dos conflitos, gratificações afectivas, frustrações, realizações, crises com que nos confrontamos.
Principais características da personalidade humana
- Singularidade: a personalidade distingue-nos de todos os outros;
- Totalidade: A personalidade é o conjunto de aspectos de um indivíduo integrados numa unidade coerente;
- Continuidade: As características da personalidade mantêm-se com relativa estabilidade ao longo da vida;
- Dinamismo: A personalidade resulta de um processo de construção permanente influenciada por factores externos e internos. Daí ser susceptível de mudanças.
Factores gerais que influenciam a personalidade
Influências hereditárias
Influências do meio
Influências das experiências pessoais
Teorias da personalidade
As teorias da personalidade constituem tentativas para descrever e explicar o modo como os indivíduos se distinguem no seu estilo geral de comportamento, na sua personalidade.
O que distingue as diferentes teorias são as diversas formas como os autores enfatizam as diferentes variáveis que intervêm na personalidade, o modo como se combinam, qual delas predomina, como interagem.
A teoria psicanalítica de Freud, que perspectiva a personalidade como que dominada pelas pulsões insconscientes. Propõe uma visão dinâmica da personalidade, pois dá mais ênfase à forma como a personalidade se desenvolve do que à descrição dos seus aspectos. O conceito central na teoria psicanalítica é o de inconsciente. O inconsciente é a zona do psiquismo a que não temos acesso e que é constituída por pulsões, desejos, recordações recalcadas, etc. Para além do inconsciente, Freud refere outras duas instâncias: o ego e o superego.
A teoria psicossocial de Erikson: A personalidade constrói-se ao longo de oito idades, oito estádios psicossociais. Cada estádio é caractertizado por tarefas específicas que é necessário cumprir para se progredir para o estádio seguinte. Cada idade é caracterizada pela existência de dois pólos, duas vertentes opostas, uma positiva, outra negativa. Por outro lado, pode dizer-se que o conceito central da sua teoria é o de identidade. A identidade está relacionada, assim, com o sentimento pessoal de se sentir como um ser único integrando o passado e antecipando um futuro, dando um sentido histórico à existência. A identidade constrói-se tendo em conta as representações feitas sobre nós, bem como as interacções e os confrontos entre as representações que os outros fazem de nós e as que nós fazemos de nós próprios. A personalidade, aqui entendida pelo conceito de identidade, tem em conta a dimensão biológica, social e individual.
A teoria da aprendizagem social de Bandura: Para Bandura, a personalidade é fundamentalmente constituída pelo conjunto de aprendizagens que ocorrem ao longo da vida, concretamenteas que resultam das interacções sociais. Para Bandura, é a observação do comportamento dos outros, a sua imitação e integração que nos leva a adquirir novas formas de actuar, reagir e conhecer. Por outro lado, para o autor, a personalidade não é inata, nem apenas determinada pelo meio: é no jogo das interacções entre os diferentes factores e variáveis que se pode compreender o comportamento actual das pessoas. Em todo este processo, assume particular importância a aprendizagem por modelação.
As teorias humanistas: A teoria fenomenológica da personalidade é, também, conhecida por abordagem centrada na pessoa: para este autor, as pessoas procuram desenvolver o seu
potencial ao longo da vida, isto é, procuram auto-realizar-se, em como manter boas relações com os outros. Carl Rogers recusa a concepção psicanalítica segundo a qual o ser humano era orientado pelas suas pulsões e pela irracionalidade do inconsciente. Defende antes que a pessoa tem a capacidade e oportunidade de se desenvolver de modo positivo e realista: a pessoa tem um potencial de crescimento. Valoriza, no processo de formação da personalidade, as interacções com os outros: construindo a sua personalidade com características próprias, o sujeito procura também ser aceite pelos outros. O desenvolvimento da personalidade de uma pessoa depende do processo de integração das vivências no seu EU. A autenticidade, a aceitação e empatia são factores que contribuem para o crescimento pessoal.
A teoria da auto-realização de Maslow: Estuda as histórias de vida de várias personalidades procurando, assim, identificar traços comuns de personalidade. É a partir desse estudo que desenvolve a teoria da auto-realização: os seres humanos teriam uma motivação inata para realizar o seu potencial, isto é, desenvolver as suas aptidões e potencialidades. Contudo, para se atingir esta motivação, que se encontra no topo da sua pirâmide das necessidades, é necessário já ter satisfeitas as necessidades dos níveis anteriores. Daí considerar ser fundamental que todos os seres humano tenham as motivações fundamentais satisfeitas para poderem aceder à auto-realização – necessidade que reflecte o sentido superior do ser humano.
A teoria das necessidades psicológicas de Murray: Segundo este autor, na base da construção da personalidade estão as necessidades, que são forças que têm origem no exterior ou no interior do organismo. São as necessidades que orientam os nossos processos mentais mais importantes como a memória, a percepção, o pensamento, a aprendizagem. Murray distingue dois tipos de necessidades: As primárias e secundárias. As necessidades primárias são as necessidades de origem orgânica e que visam a sobrevivência, como comer, beber, respirar, etc. As necessidades secundárias são as necessidades que resultam das necessidades primárias e que têm origem psicológica, como a necessidade de afiliação, de realização, de domínio.
A pressão é o conceito usado por Murray para designar o efeito que as pessoas, acontecimentos, objectovs e situações têm em determinado momento sobre a realização ou satisfação das necessidades.
Um dos conceitos mais importantes deste autor é o de tema-unidade, que é considerado o elemento que dá continuidade à personalidade de uma pessoa, que caracteriza a sua personalidade. Resulta da maneira como se organiza a relação entre as necessidades individuais e o seu contexto social
MOTIVAÇÃO
Designa o aspecto dinâmico do comportamento dirigido a um objectivo. A motivação será um conjunto de forças internas que mobilizam e orientam a acção de um organismo em direcção a determinados objectivos como resposta a um estado de necessidade, carência ou desequilíbrio.
TIPOS DE MOTIVAÇÃO
MOTIVAÇÕES FISIOLÓGICAS: São enerentes à estrutura biológica do organismo. Visam garantir o equilíbrio orgânico, assegurando a sua sobrevivência
MOTIVAÇÕES COMBINADAS: o termo motivações combinadas é geralmente utilizado para designar o tipo de motivações determinadas pelo efeito combinado de mecanismos fisiológicos não aprendidos e de características resultantes da aprendizagem. Os comportamentos sexual e maternal são geralmente integrados neste tipo de motivação dado que resultam de determinações orgânicas e de padrões sociais
MOTIVAÇÕES INATAS/FISIOLÓGICAS: Tem uma origem biofisiológica visando a manutenção do estado de equilíbrio interno, assegurando a sobrevivência do organismo. Manifestam-se desde o nascimento, independentemente de qualquer aprendizagem. Contudo, a sua satisfação são determinadas por normas e regras sociais, por padrões de cultura.
MOTIVAÇÕES APRENDIDAS/SOCIAIS: São adquiridas no processo de socialização em diferentes contextos sociais e culturais. Variam de pessoa para pessoa porque são aprendidas no contexto social, no contacto com os outros membros dos grupos sociais a que a pessoa pertence.
MOTIVAÇÕES COGNITIVAS
TEORIAS DA MOTIVAÇÃO
1 MASLOW E A HIERARQUIA DAS NECESSIDADES
Segundo a teoria humanista de Maslow, as motivações humanas organizam-se segundo uma hierarquia de necessidades: a satisfação das necessidades superiores depende da satisfação das necessidades básicas. Maslow representa esta concepção através de uma pirâmide em cuja base estariam as necessidades fisiológicas, que asseguram a sobrevivência, e no topo a necessidade de auto-realização. Nos níveis intermédios encontrar-se-iam as outras motivações como as necessidades de segurança, de afecto, pertença e de estima.
2 TEORIA PSICANALÍTICA:
O princípio básico da teoria psicanalítica da motivação é considerar que o comportamento humano é fundamentalmente motivado por razões de carácter inconsciente e orientado por pulsões. Por pulsão designamos o representante psíquico de uma fonte contínua de excitação proveniente do interior do organismo e que se diferenceia da excitação exterior e descontínua. A pulsão está, pois, nos limites do psíquico e físico.
3 TEORIA COGNITIVA E RELACIONAL
As teorias cognitivistas desenvolvem uma crítica às concepções que reduzem o comportamento humano ao jogo mais ou menos complexo das necessidades e pulsões. O comportamento não se pode reduzir à busca da diminuição da tensão provocada pela necessidade
As teorias cognitivistas enfatizam o papel do pensamento, da actividade cognitiva do sujeito na motivação. O comportamento motivado é influenciado por processos como perceber, interpretar, selecionar, reter e usar a informação. Em cada momento proecedemos a opções, decidimos, prosseguimos determinados percursos segundo determinadas estratégias.
A motivação é encarada como um conjunto de comportamentos intencionais e persistentes baseados na informação disponível.
4 TEORIA COMPORTAMENTAL
Entendem o comportamento como uma reacção ou resposta às alterações na estimulação ambiental.
Os motivos podem ser aprendidos através de 3 técnicas de aprendizagem: condicionamento instrumental, condicionamento operante e observação.
5 TEORIA HUMANISTA
O comportamento humano é motivado por uma necessidade de atingir o máximo do potencial dos indivíduos.
A motivação humana tem de ser entendida a partir das leis básicas impostas à vida humana.
EMOÇÃO
Emoções: São estados internos que se caracterizam por cognições, sensações, reacções fisológicas e comportamento expressivo específico (consoante o estado emocional).
Tendem a aparecer subitamente e a ser de difícil controle. Não podem ser directamente observadas ou medidas.
Normalmente, as pessoas reagem aos estados emocionais com pensamentos, palavras e actos que dependem, também, do contexto social e da aprendizagwm.
São expressas de forma verbal e de forma não verbal.
São experienciadas diferentemente consoante a pessoa.
A emoção está muito ligada à motivação já que esta pressupõe uma necessidade que conduz a um comportamento, e a necessidade e o comportamento estão relacionados com estados emocionais.
As emoções variam continuamente, prevalecendo em geral as emoções neutras, porque o cérebro tenta manter o equilíbrio emocional
Depois de sentirem uma emoção forte, as pessoas só voltam à normalidade quando passam pela emoçãooposta.
A emoção despertada por determinada situação é de curta duração, o que fica durante muito tempo é a pós-reacção
À medida que vamos crescendo vamos aprendendo a controlar e a expressar as emoções de modo mais adequado
Emoções básicas:
- Raiva
- Medo: É uma condição emocional que acontece quando o perigo ameaça o organismo. O medo ajuda à defesa do organismo mas nos primeiros anos de vida manifesta-se de forma exagerada.
- Ansiedade: É uma emoção que se caracteriza por sentimentos de previsão de perigo, tensão, aflição. Segundo Freud, a ansiedade pode ser causada por situações reais que levam ao sofrimento físico, cognições, nomeadamente a previsão de punição por expressar formas proibidas ou comportamentos imorais.
- Tristeza/Mágoa;
- Alegria/Felicidade;
- Surpresa;
- Repúdio
Funções das emoções:
- preparar-nos para agir;
- moldar comportamentos futuros;
- ajudam a regular a interacção social.
Componentes das emoções:
- Fisiológicas:
- Subjectivas: Defendem que é a interpretação que a pessoa faz da situação imediata que faz com que a pessoa reaja de acordo com o que pensa estar a sentir
- Comportamentais: As emoções são normalmente acompanhadas de expressões faciais, gestos e acções. Algumas expressões e gestos parecem ter origem genética

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